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Damares alerta aliados de Bolsonaro sobre aliança com Ciro Gomes: ‘cuidado’

Nas redes sociais, a senadora e ex-ministra relembrou o processo que move contra Ciro após ser chamada de “bandida nazifascista de quadrilha” por ele

Damares Alves é ex-ministra do governo Jair Bolsonaro e senadora pelo Republicanos.

A senadora Damares Alves (Republicanos) usou as redes sociais para “alertar” aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre uma possível aliança com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), para as eleições de 2026.

“Cuidado, direita! Este homem me chamava de bandida por não concordar com a minha posição conservadora. Agora ele quer aliança com a gente?”, escreveu Damares.

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Aproximação com o PL

Apesar de ter integrado o primeiro mandato do presidente Lula (PT), entre 2003 e 2006, como ministro da Integração Nacional, Ciro sinalizou uma aproximação com nomes da direita no Ceará no início deste ano.

Em maio, Ciro se reuniu com lideranças do PL, União Brasil e Progressistas na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Um dos parlamentares que participou da reunião, o deputado estadual Alcides Fernandes (PL), recebeu, inclusive, um “elogio” do ex-ministro, que afirmou que gostaria de vê-lo disputando uma cadeira no Senado no próximo ano.

Racha com o PT

A disputa pelas eleições municipais em 2024 foi o “estopim” para mais um racha dentro do PDT. O candidato à reeleição do partido em Fortaleza, José Sarto, ficou de fora do segundo turno, deixando a disputa entre André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT).

Oficialmente, o PDT se manteve neutro. Porém, internamente, a opinião foi divergente. O presidente estadual da sigla, deputado André Figueiredo, por exemplo, participou de um comício de Leitão, enquanto Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, integrou a campanha de Fernandes.

Ciro vira réu

Em uma entrevista ao canal Jornal do José, no YouTube, em maio de 2020, Ciro disse que Damares, à época ainda ministra de Bolsonaro, era uma “bandida nazifascista da quadrilha” do ex-presidente.

Por conta da declaração, ele foi processado e, em 2024, virou réu após a Justiça aceitar a queixa-crime.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.