Cecília Montalvão, esposa do empresário Maurício Camisotti, apresentou ao Senado Federal um pedido para não comparecer ao depoimento marcado na CPMI do INSS. No requerimento, ela alegou ser alvo de investigações e defendeu que deveria ter o mesmo tratamento dado a outros convocados que não foram obrigados a depor.
Entre os argumentos, Cecília afirmou ainda não ter condições financeiras de arcar com a viagem a Brasília, já que está com os bens bloqueados pela Justiça. Também questionou a legalidade do prazo de convocação, que, segundo ela, teria sido inferior às 72 horas previstas em lei.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), rebateu os argumentos. Ele afirmou que o ofício de convocação já previa o custeio integral do deslocamento, incluindo passagens, hospedagem e a presença de advogado, e reforçou que não há impedimento para a realização da sessão. O depoimento segue agendado para o dia 29 de setembro.
Carlos Viana também frisou que a convocação foi aprovada de maneira colegiada pela Comissão e que Cecília Montalvão foi chamada na condição de testemunha, não de investigada.
O depoimento de Cecília é considerado estratégico pelos integrantes da Comissão, que enxergam nela uma possível peça-chave para detalhar como funcionava a estrutura do grupo e quais autoridades poderiam ter sido beneficiadas.