O cancelamento do depoimento do chamado “Careca do INSS”, que estava previsto para esta segunda-feira (15), desencadeou tensão imediata dentro da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga supostas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social. Considerado uma das testemunhas-chave para o avanço das apurações, o “Careca” era esperado pelos parlamentares para detalhar o funcionamento do esquema e apontar nomes de possíveis envolvidos.
Diante da ausência, a comissão convocou uma reunião de emergência nesta tarde com a presença do presidente da Comissão, o vice Duarte Júnior, o senador Carlos Viana, o relator Alfredo Gaspar, os deputados federais Rogério Marinho e Paulo Pimenta, para discutir os desdobramentos da decisão e traçar estratégias para evitar novos impasses. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), lamentou o episódio e ressaltou que o colegiado seguirá firme em sua missão. “A comissão não vai recuar.
Parlamentares que integram a comissão classificaram o cancelamento como uma tentativa de atrasar os trabalhos e blindar nomes ligados às irregularidades. Nos bastidores, há consenso de que o depoimento será remarcado, ainda que seja necessária uma nova convocação.
Além de reorganizar o calendário de oitivas,
O depoimento do Careca do INSS é visto como decisivo para esclarecer pontos obscuros do esquema investigado e poderá se transformar em um dos momentos de maior impacto da comissão.
