Bolsonaro recebeu atendimento médico por telefone após crise de soluços

Ex-presidente está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, desde o último sábado (22)

O ex-presidente Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, r ecebeu assistência médica por telefone na tarde desta quinta-feira (27) devido a uma nova crise de refluxo e soluços.

Ao falar com a CNN Brasil, o cardiologista Leandro Echenique declarou que, após conversar com o ex-presidente, fez alterações nas dosagens dos medicamentos para aliviar a crise.

“Resolvi por telefone os procedimentos. Aumentei as dosagens para o refluxo e soluços. Realizei os ajustes. Se não houver melhora, provavelmente irei a Brasília para vê-lo pessoalmente”, afirmou Echenique.

Todos os profissionais de saúde que acompanham o tratamento de Bolsonaro têm visitas previamente autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal.

Mais cedo, dois filhos do ex-presidente informaram nas redes sociais que médicos foram chamados após uma crise mais intensa de soluços, que teria iniciado ainda durante a madrugada.

A primeira mensagem foi do vereador de Balneário Camboriú (SC) Jair Renan (PL). Ele comentou que o pai relatou que não consegue mais dormir à noite devido às crises. “As medidas para melhorar essa situação estão sendo adotadas pela equipe médica”, acrescentou.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) também mencionou que o ex-chefe do Executivo teve uma crise mais severa de soluços.

“Acabo de receber a informação de que meu pai teve mais uma crise intensa que já estava se prolongando. Os médicos foram contatados nesta tarde devido à continuidade dos soluços e refluxos que começaram na noite anterior e persistiram ao longo do dia. Ele não sobreviverá a essa injustiça. O sistema está assassinando de maneira rápida e brutal o meu pai… o que fazer, Meu Deus?”, escreveu Carlos.

Echenique acompanha Bolsonaro desde 2018, quando o então candidato sofreu uma facada. O cardiologista e o cirurgião-geral Cláudio Birolini, que assumiu o tratamento do ex-presidente em abril deste ano, visitaram Bolsonaro na superintendência da PF no último domingo (23), um dia após a sua prisão preventiva.

Após a visita, os médicos emitiram um boletim afirmando que o ex-presidente “está estável do ponto de vista clínico”, mas relataram que, na noite de sexta-feira (21), ele apresentou sinais de confusão mental e alucinações, possivelmente induzidos pelo uso do medicamento Pregabalina.

A equipe médica informou que não teve conhecimento nem consentiu o uso do remédio, que foi prescrito por outro profissional para aprimorar o tratamento.

Durante a audiência de custódia, Bolsonaro comentou que experimentou uma “certa paranoia” entre sexta e sábado (22). Ele declarou que esses fatores o levaram, por volta da meia-noite, a mexer na tornozeleira com um ferro de solda.

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