A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta segunda-feira (15) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que ele possa receber visitas de aliados políticos, já que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.
Os advogados solicitaram que Bolsonaro tenha encontros semanais com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e com o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
Além disso, a defesa também pediu para que Bolsonaro receba a visita do deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), relator do projeto de anistia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A proposta prevê a anistia de condenados pelos atos de 8 de janeiro, sendo considerada prioridade pela oposição. Mas até o momento, ainda não houve a sinalização do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB) que pautará a proposta no plenário.
Além deles, a defesa pediu que o ex-presidente possa receber as seguintes autoridades:
- Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara;
- Deputado Wilder Morais (PL-GO), senador;
- Adolfo Sachsida, ex-ministro de Minas e Energia no governo Bolsonaro.
“O pedido tem por objetivo permitir encontro específico, em data a ser oportunamente ajustada, diante da necessidade de diálogo pessoal com o peticionante”, afirmou a defesa.
Na decisão que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente, Moraes restringiu visitas a advogados, médicos e pessoas previamente autorizadas pelo STF.
O pedido para receber aliados políticos ocorre quatro dias após a Primeira Turma do STF condenar Bolsonaro e outros sete réus no processo que investiga uma tentativa de golpe após as eleições de 2022.