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Barroso diz que STF defende Moraes, mas sem buscar confronto com os EUA

Presidente da Corte afirma que apoio ao ministro é institucional e sem intenção de escalar crise diplomática após sanções norte-americanas

Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (30) que o tribunal está unido em defesa do ministro Alexandre de Moraes diante das sanções aplicadas pelos Estados Unidos, mas que essa posição não tem como objetivo acirrar conflitos diplomáticos.

A declaração ocorre após o governo americano impor sanções contra Moraes com base na chamada Lei Magnitsky, mecanismo utilizado para punir agentes públicos estrangeiros acusados de violações de direitos humanos. A medida elevou a tensão entre Brasil e EUA, que já vinha crescendo após a decisão do ex-presidente Donald Trump de aumentar para 50% a tarifa sobre produtos brasileiros.

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Segundo Barroso, o apoio a Moraes é uma reação institucional, baseada na preservação da independência do Judiciário, especialmente por ele ser o relator dos inquéritos que apuram atos antidemocráticos. “A defesa que o Supremo faz, de Moraes, é sem procurar conflito com ninguém”, destacou o ministro.

A fala do presidente da Corte acompanha o posicionamento de outras autoridades brasileiras, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que também defenderam a soberania nacional e o sistema de Justiça, mas sem abrir espaço para rupturas diplomáticas.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.