Além do ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL SP), Alexandre Ramagem (PL RJ) também teve o passaporte diplomático anulado após a perda do mandato parlamentar. A medida segue o regulamento interno da Câmara dos Deputados, que prevê a invalidação automática do documento em caso de cassação. A decisão foi tomada de forma administrativa pela Câmara na última sexta feira (19) e incluiu a solicitação de devolução dos passaportes diplomáticos emitidos em razão do exercício do mandato. O cancelamento ocorre um dia após a oficialização da perda dos cargos.
Eduardo Bolsonaro confirmou nas redes sociais que teve o passaporte diplomático cancelado e afirmou que a medida teria como objetivo dificultar sua permanência no exterior. Em publicação, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro sugeriu ainda a existência de uma articulação para impedir a emissão de um passaporte comum e levantou suspeitas sobre o envolvimento do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
A Mesa Diretora da Câmara declarou, na quinta feira (18), a perda de mandato de Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem. No caso de Eduardo, a cassação ocorreu por excesso de faltas, conforme previsto no artigo 55 da Constituição Federal e no regimento interno da Casa. Já Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, teve o mandato cassado após condenação pelo Supremo Tribunal Federal por participação na trama golpista investigada após as eleições de 2022.
Até o momento, não houve manifestação oficial da defesa de Alexandre Ramagem sobre o cancelamento do documento.