A Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) deu parecer positivo para a
Nesta terça-feira (15), Alencar foi sabatinado pelos líderes da Casa. Ao longo da argumentação, o parlamentar destacou que pretende colaborar com a Assembleia, com o governo de Minas e também com as prefeituras, visando um mandato não “punitivista”. “É preciso dar condição para que seja feito um bom trabalho. Muitos prefeitos sérios acabam sendo penalizados, às vezes, por falta de informação”, disse para os líderes.
Partidos políticos
Durante a sabatina, Alencar passou por um momento de desconforto com outros parlamentares. Ao ser questionado pelo deputado Leleco Pimentel (PT) sobre a desfiliação partidária caso a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas venha a se concretizar, o candidato afirmou que partidos políticos “são instituições falidas”, chegando a defender que a Casa Legislativa fosse integrada apenas pelos mais votados.
Atualmente, ao contrário das eleições para presidente da República, senador, governador e prefeito, os deputados — e vereadores — são eleitos pelo sistema proporcional de votação.
“Essa Casa tinha que ter os mais votados, não podemos pensar que temos que ter um deputado que tem 50 mil, 60 mil, 70 mil votos fora, enquanto outro teve 20 mil está dentro. A vontade da população é uma só”, disse durante a arguição.
O deputado Leleco discordou e pediu que Alencar refletisse sobre as declarações, mas o candidato disse que mantinha a opinião.
Posteriormente, à imprensa, Alencar afirmou que tem respeito pelo petista e defendeu que se eleito conselheiro no TCE irá adotar o tom conciliador tanto com a oposição, quanto com a base do governador Romeu Zema (Novo).
“Com tranquilidade digo que fizemos amigos dentro da Assembleia. Independente de partido político. Tive elogios de Bruno Engler, do PL, do Professor Cleiton, do PV, da Leninha, do PT, de todos que convivi porque convivemos e fazemos o melhor. Sempre fomos conciliadores nesta Casa”, disse.
Temas polêmicos
O deputado afirmou que pretende, se eleito para o TCE, trabalhar para manter o tom harmonioso, inclusive quando houver desacordo com pautas do governo ou da Assembleia. “Vou tentar, de todas as formas, fazer uma conciliação e deixar andar o que estiver dentro da lei. O que ela determinar, é o que irei fazer”, afirmou.
Uma das maiores polêmicas que envolve a Assembleia e também o governo de Minas que está travada no TCE envolve a concessão de rodovias do Vetor Norte da região metropolitana de Belo Horizonte à iniciativa privada.
Em abril deste ano, deputados do bloco Democracia e Luta protocolaram uma denúncia contra o edital que cria pedágios na Grande BH.
