O relatório da Polícia Federal sobre a utilização ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a chamada “Abin paralela”, mostra que os integrantes da suposta organização criminosa monitoraram um homônimo – pessoa de mesmo nome – do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No documento, que
Com isso, Alexandre de Moraes Soares, gerente-geral de uma rede varejista e que mora em São Paulo, foi monitorado.
“O registro, por exemplo, associado à pesquisa de “ALEXANDRE DE MORAES SOARES” não apresenta nenhuma justificativa, levando à plausibilidade de terem sido realizadas 3 (três) pesquisas do homônimo do Exmo. Ministro Relator no dia 18/05/2019. O homônimo alvo da pesquisa, ainda, reside no Estado de São Paulo”, indica o relatório.
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A investigação apontou ainda que as pesquisas, feitas várias vezes, teriam partido de Thiago Gomes Quinalia, agente de inteligência da Abin. Segundo a PF, ele fazia parte do chamado “Núcleo-evento portaria 157”, responsável por vincular políticos e magistrados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).