Documento da Polícia Federal (PF) aponta o uso de um programa secreto de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. O caso ficou conhecido como “Abin Paralela”. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes,
A PF afirma no documento que um grupo da agência buscou interferir no resultado das eleições presidenciais de 2022. “As ações dos investigados, portanto, são direcionadas para criação e instigação de cenário de hostilidade institucional por meio da propagação e difusão de desinformação com intuito de interferir em ações legitimas dos poderes constituídos”, aponta relatório.
“O direcionamento de ações contra o Delegado FLÁVIO VIEITEZ REIS, então responsável pela investigação sobre o uso da PRF no segundo turno das Eleições Gerais de 2022 para interferir no seu resultado”, completa.
De acordo com o STF, a decisão de retirar o sigilo hoje “foi tomada após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial, que resultaram em matérias contraditórias na imprensa.”
A PF aponta os seguintes nomes como principais envolvidos:
- Alexandre Ramagem: apontado como líder operacional da estrutura criminosa na Abin
- Carlos Bolsonaro: tido como idealizador da estrutura paralela
- Jair Bolsonaro: apontado como beneficiário direto das operações
- Diversos policiais federais e servidores da Abin: envolvidos na execução e blindagem da estrutura