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Governo Bolsonaro: PF aponta tentativa de interferência nas eleições por grupo da Abin

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, derrubou o sigilo do documento nesta quarta-feira (18)

A fachada da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), em Brasília

Documento da Polícia Federal (PF) aponta o uso de um programa secreto de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. O caso ficou conhecido como “Abin Paralela”. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, derrubou o sigilo do documento nesta quarta-feira (18).

A PF afirma no documento que um grupo da agência buscou interferir no resultado das eleições presidenciais de 2022. “As ações dos investigados, portanto, são direcionadas para criação e instigação de cenário de hostilidade institucional por meio da propagação e difusão de desinformação com intuito de interferir em ações legitimas dos poderes constituídos”, aponta relatório.

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“O direcionamento de ações contra o Delegado FLÁVIO VIEITEZ REIS, então responsável pela investigação sobre o uso da PRF no segundo turno das Eleições Gerais de 2022 para interferir no seu resultado”, completa.

De acordo com o STF, a decisão de retirar o sigilo hoje “foi tomada após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial, que resultaram em matérias contraditórias na imprensa.”

A PF aponta os seguintes nomes como principais envolvidos:

  • Alexandre Ramagem: apontado como líder operacional da estrutura criminosa na Abin
  • Carlos Bolsonaro: tido como idealizador da estrutura paralela
  • Jair Bolsonaro: apontado como beneficiário direto das operações
  • Diversos policiais federais e servidores da Abin: envolvidos na execução e blindagem da estrutura
Jornalista nascida na capital federal. Graduada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), foi editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. É especializada em Língua Portuguesa e Revisão de Texto. Na Itatiaia, é Supervisora de Conteúdo desde fevereiro de 2024.