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Em coletiva de imprensa pouco depois de ela ter abandonado a sessão, Marina disse não ter sido convidada como por ser mulher, mas por ser ministra. “Dei a chance de que ele pedisse desculpas. Mas pessoas que não respeitam a democracia não são afeitos a se desculpar”, disse.
Marina ainda ressaltou estar “aberta ao diálogo”, apesar do incidente. “O que não pode é alguém achar que porque você é mulher, porque você é preta, porque vem de uma trajetória de vida humilde, vai dizer que eu devo ficar no meu lugar. O meu lugar é o lugar onde todas as mulheres devem ficar”, acrescentou Marina.
A ministra finalizou dizendo que respondia às perguntas sobre o tema debatido “tecnicamente” e que se sentiu “agredida” fazendo o seu trabalho.
Falas do senador
Em sua fala, Valério disse que não respeitava Marina Silva como “ministra”, somente “como mulher”. A chefe da pasta interveio durante a declaração e exigiu um pedido de desculpas.
Após a recusa a um pedido de desculpas, Marina Silva deixou a sessão da comissão de Infraestrutura do Senado. O presidente do colegiado, o senador Marcos Rogério (PL-RO), afirmou que votará um pedido de convocação da ministra.
Durante a audiência, Rogério também se desentendeu com Marina e chegou a pedir que ela se colocasse “em seu lugar”. Marina Silva reagiu e disse não ser uma “mulher submissa”.