A Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) promove, nesta terça-feira (27), uma audiência pública para discutir projetos de lei que tramitam na Casa e que “promovem a criminalização do funk”, como, por exemplo, o texto conhecido como “
A proposta 25/2025, de autoria do
Na Casa tramita também o PL 89/2025, de autoria dos parlamentares
O requerimento para realização da audiência, de autoria dos vereadores
Projetos mobilizam produtores locais
O convite para a audiência pública mobilizou produtores e artistas locais da capital mineira que se posicionam contra os textos.
Para Douglas Xapi, empresário da produtora 7LC Music, os projetos podem ser interpretados como formas de “censura à liberdade artística”, já que, segundo ele, muitos artistas usam as letras para “relatar realidades sociais, e não necessariamente incentivar crimes”.
Em entrevista à Itatiaia, ele afirmou que os dois projetos, especialmente a chamada “
A expectativa dele é que centenas de pessoas compareçam à Câmara para acompanhar a audiência, entre elas influenciadores e artistas. “O funk não incentiva o crime, mas mostra a realidade. O projeto é racista e elitista, já que mira apenas um estilo musical. É uma tentativa de calar vozes da periferia”, afirmou.
Foram convidados para participar da audiência:
- O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais,
Paulo de Tarso Morais Filho ; - A defensora pública-geral do Estado de Minas Gerais, Raquel Gomes de Sousa da Costa;
- A secretária municipal de Cultura e presidente interina da Fundação Municipal de Cultura, Eliane Parreiras;
- A presidente da Belotur,
Bárbara Menucci ; - O cantor
Djonga ; - O DJ Perré;
- O DJ e produtor
WS da Igrejinha ; - A dançarina e coreógrafa Negona Dance.
A audiência está marcada para as 10h, no Plenário Helvécio Arantes, com transmissão pelo YouTube da Câmara Municipal.