O líder do PDT na Câmara dos Deputados,
Mário Heringer, afirmou que o governo do presidente Lula (PT) precisa defender a própria gestão, referindo-se à pressão da oposição sobre o
ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), presidente licenciado da sigla.
Em entrevista à Itatiaia, Heringer declarou que uma eventual demissão de Lupi da pasta não faria sentido, uma vez que a
Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), aponta que os
descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas teriam começado antes do início do governo Lula 3 — ou seja, antes de Lupi assumir o ministério responsável pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Lupi fica ou não no governo Lula?
Até o momento,
o governo federal não deu indícios de que Lupi será exonerado da pasta.
Segundo o deputado, a decisão final cabe ao presidente. No entanto, em entrevista ao portal Poder360,
Heringer afirmou que, caso o ministro fosse demitido, a interpretação seria de que o partido (PDT) também estaria sendo afastado do governo.
Lupi no Congresso
À Itatiaia, o parlamentar disse que a situação, até o momento, é “desconfortável”, mas avaliou que a demissão de Lupi não seria a solução para os problemas enfrentados.
Na terça-feira (29), o ministro
Carlos Lupi participará de duas comissões no Congresso Nacional. Os encontros já estavam agendados antes das denúncias sobre as fraudes no INSS se tornarem públicas.
A primeira participação será às 14h, na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara. Em seguida, às 15h, Lupi será ouvido na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado.
O
presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, deixou o cargo por determinação do presidente Lula na última quarta-feira (23). Ele tinha sido nomeado por Lupi em julho de 2023.