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Mendonça diverge de Moraes e vota contra prisão de Collor; placar está em 6x1

Corte julga nesta segunda se mantém decisão que determinou detenção do ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

O ministro André Mendonça, do STF

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela revogação da prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A Corte julga nesta segunda-feira (28) se mantém a decisão do ministro Alexandre de Moraes que ordenou a detenção do ex-governante na última quinta-feira (24).

O julgamento ocorre até às 23h59, no plenário virtual do STF, modalidade em que os ministros apenas depositam seus votos em um sistema e não fazem debates. Com a divergência aberta, o placar está em 6x1 para manter Collor preso.

Em seu voto, Mendonça avaliou que os últimos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente não seriam “protelatórios”, como sustenta Moraes, “mas integrante legítimo de seu direito à ampla defesa, e deve ser conhecido”.

Já Cristiano Zanin se declarou impedido de julgar o caso por ter atuado como advogado em casos da Operação Lava Jato, como é a ação penal do ex-senador alagoano.

Collor foi condenado pelo STF em maio de 2023 a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Entretanto, ele só teve a prisão decretada na última quinta, após o relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes, rejeitar os últimos recursos apresentados pela defesa.

Com a decisão, o ex-presidente começou a cumprir pena em regime fechado, na ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL).

A defesa, então, apresentou um pedido para que a pena seja convertida em prisão domiciliar. Os advogados enviaram, no sábado, documentos sobre comorbidades graves que justificariam a medida, como doença de Parkinson, apneia do sono grave e Transtorno Afetivo Bipolar.

Nesta segunda, Moraes deu 48h para que a defesa comprove as comorbidades.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.