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Caso Marielle: Mesa da Câmara cassa mandato de Chiquinho Brazão por excesso de faltas

Deputado é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca e do motorista Anderson Gomes

O deputado federal Chiquinho Brazão (RJ)

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu nesta quinta-feira (24) cassar o mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso desde março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

Segundo o artigo 55 da Constituição, a Mesa da Câmara pode declarar a perda de mandato caso o deputado deixe de comparecer a um terço das sessões da Casa, por ano, exceto por licença ou missão. A decisão pode ser tomada sem que haja provocação de partidos ou parlamentares.

Desde 2024, Brazão contabiliza 105 faltas não justificadas, sendo 32 só neste ano. No último dia 11, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu prisão domiciliar ao agora ex-deputado.

O ofício da cassação foi assinado por seis dos sete integrantes da Mesa, incluindo o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB). Apenas o segundo-vice-presidente, Elmar Nascimento (União-BA), não assinou.

Apesar da decisão, Chiquinho Brazão já respondia a um processo de cassação na Casa por quebra de decoro parlamentar. O caso estava pronto para ser pautado no plenário desde setembro de 2024.

A Itatiaia procurou a defesa de Brazão para ter um posicionamento sobre a decisão, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.