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STF suspende julgamento de Carla Zambelli por porte ilegal de arma

Com o pedido de vista de Nunes Marques, a análise do caso de Zambelli no STF pode ser adiada por até 90 dias

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta segunda-feira (24) o julgamento que analisa a possível condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O caso é julgado no Plenário Virtual da corte.

Com o pedido de vista de Nunes Marques, a análise do caso de Zambelli no STF pode ser adiada por até 90 dias.

Antes da suspensão, quatro ministros já haviam votado pela condenação de Zambelli: Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

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O relator do caso, Gilmar Mendes, votou pela condenação de Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão. Além disso, os magistrados se manifestaram favoravelmente à cassação de seu mandato parlamentar, medida que só poderá ser tomada após todo o trânsito em julgado do processo, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recursos.

Julgamento

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem até o momento 4 votos para condenar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, devido ao episódio em que a parlamentar sacou uma arma, disparou e iniciou uma perseguição contra um homem, em São Paulo. O caso ocorreu dias antes das eleições de 2022, no Centro de São Paulo.

Zambelli também pode ser condenada pelo STF a perda do mandato e a cassação definitiva do porte de arma de fogo.

Em seu relatório, o ministro Gilmar Mendes destacou que o porte de arma de fogo não permite o uso para constranger a liberdade das pessoas, incluindo Luan Araújo, para “fazer que se desculpe por seus posicionamentos políticos”.

“A permissão do porte de arma de fogo conferida à denunciada se destina única e exclusivamente à sua defesa pessoal; jamais para constranger a liberdade de interlocutor e a fazer com ele se desculpe dos seus posicionamentos políticos, preferências eleitorais e supostos atos injuriosos manifestados, ainda que a pretexto de resguardar, em tese, sua honra maculada”, diz o parecer.

O voto do relator foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Alexandre de Moraes e a ministra Cármen Lúcia.

Repórter da Rádio Itatiaia em Brasília atuando na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas Gerais, já teve passagens como repórter e apresentador pela Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor do prêmio CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio.
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