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Em discurso, Bolsonaro volta a questionar resultado das urnas em 2022

Ex-presidente falou a apoiadores em Copacabana, e voltou a sugerir irregularidades no pleito; Bolsonaro também comparou seu governo com o de Lula

Ex-presidente Jair Bolsonaro, em discurso em Copacabana

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar o resultado das eleições de 2022 durante um discurso realizado neste domingo (16) em Copacabana, no Rio de Janeiro. Em sua fala, ele voltou a levantar suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral e reforçou sua narrativa de que houve irregularidades na votação.

“Nas eleições de 2022 a gente arrastava multidões pelo Brasil. No 7 de setembro tinha mais gente que agora, fazíamos motociatas pelo Brasil todo. São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Brasil todo. O agro estava quase 100% fechado conosco. Os cristãos da mesma maneira. [...] Nosso governo fez seu trabalho. Por que perdemos a eleição? Será que a resposta está no inquérito secreto?”, declarou, em alusão ao processo envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes que cita a reunião do ex-presidente com embaixadores.

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O ex-presidente também mencionou sua inelegibilidade e afirmou que há uma tentativa de tirá-lo do cenário político. “O que eles querem no final das contas? Como viram que a questão da inelegibilidade pode ser alterada, me tornaram inelegível por quê? Pegaram dinheiro na minha cueca? Desfalque em estatal? Não. Porque me reuni com embaixadores”.

Comparações

Bolsonaro criticou o governo Lula e comparou sua gestão com a atual, destacando especialmente a economia e o combate à corrupção. “Levamos água para o Nordeste, abrimos o comércio para o mundo todo. O Tarcísio [de Freitas, atual governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura] cresceu o Brasil em obras de infraestrutura. Nosso governo fez seu trabalho”.

Ele ainda comparou o time de ministros, fazendo alusão à investigação contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, por assédio, chamando-o de ‘taradão’. O ex-presidente também fez referências às primeiras-damas de seu governo e do governo Lula.

“Dá para comparar, na infraestrutura, o atual ministro do PT com Tarcísio de Freitas? Aquele ministro ‘taradão’ com a Damares? O atual ministro da agricultura, que está fazendo o preço explodir pelo brasil, com a Tereza Cristina? O Haddad com Paulo Guedes? Janja com a Michelle? Nada dá para fazer comparação”, disse.

Anistia

O ex-presidente também defendeu anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, afirmando que muitos dos condenados são pessoas inocentes e que houve injustiça no julgamento.

“Senhores deputados federais, senadores, parte presente aqui, nós temos um compromisso: buscar anistia para nossos irmãos e irmãs que estão presos neste momento. Já temos votos suficientes para aprovar na Câmara. Seremos vitoriosos, veremos justiça. Se o Lula vetar, nós derrubaremos o veto.”

O ex-presidente reafirmou que não pretende deixar o Brasil e disse que continuará lutando por seus apoiadores. “Minha vida estaria muito mais tranquila se estivesse do lado deles. Quem julga e faz maldade contra o povo, não posso estar do lado. Escolhi o lado mais difícil”.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.