A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) abre seus trabalhos legislativos nesta segunda-feira (3), após o recesso parlamentar iniciado em 1º de janeiro. Pelo menos no mês de fevereiro, a Casa não terá que apreciar nenhum projeto de lei de autoria do Executivo municipal considerado prioritário, de acordo com o próprio prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil).
“Na verdade, todos os projetos têm sua importância, né? Mas não temos ainda nenhum projeto para poder conversar diretamente com a Câmara (em fevereiro). O primeiro momento é desejar boa sorte a todos eles (vereadores) que estão chegando agora”, disse Damião durante visita a uma nova unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no bairro Betânia, região Oeste de Belo Horizonte.
Após dois anos de muitos embates entre o prefeito licenciado, Fuad Noman (PSD), e o ex-presidente da Câmara Gabriel Azevedo (MDB), Álvaro Damião projeta uma relação mais harmoniosa entre Executivo e Legislativo e diz que as divergências ficaram para trás.
Vereadores que integram a chamada “Família Aro”, grupo político comandado pelo secretário da Casa Civil de Minas, Marcelo Aro, e do qual faz parte o presidente da Câmara, Juliano Lopes (Podemos), destacam que não farão oposição pura e simples à prefeitura, mas que serão um bloco independente. A ideia do grupo é discutir cada pauta apresentada e definir a postura que será adotada durante a votação.
Conversas com Fuad
Apesar de os últimos boletins médicos divulgados pelo Hospital Mater Dei apontarem que Fuad Noman está lúcido e responsivo, Damião disse que o alto escalão da prefeitura não está levando assuntos políticos para o chefe do Executivo municipal.
“O Fuad está internado numa UTI e a gente está dando pra ele a tranquilidade que ele precisa e merece, evitar de levar até política pra ele. Levar o abraço dos netos, levar o abraço da dona Mônica (esoisa), da família, e deixar ele um pouco mais tranquilo para poder se cuidar. Asssim que a gente puder falar sobre esses assuntos (políticos) com ele, claro, a gente vai tratar”, disse.