O presidente do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais (PT-MG) e deputado estadual, Cristiano Silveira, em entrevista exclusiva à Itatiaia, avaliou qual será a postura do partido para o pleito de 2026.
Alguns dias após divulgar uma carta avaliando o desempenho do partido nas eleições municipais de2024 – com um crescimento de 37,7% no número de prefeituras petistas no país, o PT governará 252 cidades em 2025, contra 183 conquistadas em 2020 — Silveira comemora o saldo, especialmente em Minas Gerais, onde o partido saltou de 27 para 35 prefeituras.
Para a Itatiaia, Silveira enfatizou que o PT mineiro não pretende ser apenas “espectador” no cenário eleitoral. Ele acredita que o partido possui bons quadros e condições para lançar uma candidatura própria a governador ou senador.
Mas fez a ressalva: “candidatura própria não pode ser obsessão. Se você tiver, no campo democrático, na base do presidente Lula, candidatos que estejam em melhor condição de vencer, não há problema nenhum do partido abrir mão para poder fazer composição e aliança”, afirmou.
Ele não deixou claro, porém, se o PT ainda espera uma definição entre os possíveis nomes de Rodrigo Pacheco e Silveira, ambos com influência na política estadual, para consolidar sua posição para o próximo pleito.
Eleições de 2024 e divergências internas
A taxa de reeleição dos prefeitos mineiros foi de 82,9%, refletindo um crescimento de credibilidade e influência no Estado, apenas superado pela Bahia, Ceará e Piauí.
Silveira, no entanto, indica que o PT de Minas não ignora suas disputas internas. Para ele, a divisão de ideias é um aspecto fundacional do PT, e as correntes internas são vistas como uma maneira de manter o partido vivo.
“A divergência precisa ter limite, evitando que o PT se torne adversário de si mesmo e fortaleça o campo da direita”, destacou.
“A saber como essas correntes, essas opiniões se comportam, pode ser saudável para o partido, porque foi assim que nós vencemos cinco vezes a presidência da república”.