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Presidente do PSDB em Minas avalia resultado das urnas e diz que partido estuda fusão com outras siglas

O deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente estadual dos tucanos, negou pânico com resultado das eleições e disse que o desempenho do partido segue o mesmo fluxo de outra legendas de centro

O PSDB foi às urnas neste primeiro turno das eleições municipais de 2024 disputando sete capitais brasileiras e não elegeu nenhum prefeito.

Para analistas, entre os grandes derrotados destas eleições que acabaram de acontecer, está o PSDB.

Veja mais: Veja quantos prefeitos cada partido elegeu em Minas Gerais na eleição de 2024

Em Minas Gerais, o partido também tem história: já governou mais de 12 anos e já teve o maior número de prefeituras no estado. Neste ano, apenas 59 cidades mineiras elegeram prefeitos tucanos e, em Belo Horizonte, nenhum vereador.

Diante do novo cenário político, qual deve ser a postura do partido no segundo maior colégio eleitoral do Brasil?

O deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente estadual do PSDB, negou o pânico e disse que o desempenho dos tucanos segue o mesmo fluxo de outros partidos de centro.

“Em número de prefeito diminuímos assim como outros partidos do centro, nada pelo qual apenas o PSDB esteja passando. Estamos do mesmo tamanho que o União Brasil”, exemplificou.

A diferença, segundo ele, se dá pelo fato de o União Brasil ser um partido novo – o partido surgiu da fusão entre o Democratas e o Partido Social Liberal em 2021 –, sem o desgaste que o PSDB tem. Desgaste que ocorre naturalmente, depois de décadas.

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Com exceção do PSD, que cresceu em número de vereadores e prefeitos eleitos, na análise de Abi-Ackel, o crescimento do partido de Gilberto Kassab se explica pelas figuras de relevância que o carregam.

“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é do PSD. Assim como o atual presidente do Senado e o prefeito reeleito em belo Horizonte. Isso é um chamariz”, declarou.

Para voltar a colocar o PSDB em evidência em Minas Gerais, Abi-Ackel diz que há de se contar com uma tendência da política de voltar ao centro, levando as legendas desse espectro político a se unificarem.

“Estamos dialogando com outras federações para fazer fusão com outros partidos a nível nacional e que reflete na política em Minas: como o Solidariedade e o PDT, além de outros partidos querendo se unir a nós”, disse, mas sem revelar quais outras legendas.

E concluiu: “A fase ruim passou, não estamos imaginando o fim do partido, mas um novo ciclo do PSDB”.


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Jessica de Almeida é repórter multimídia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.
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