O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou que o novo acordo de repactuação da tragédia de Mariana,
assinado nesta sexta-feira (25) no Palácio do Planalto, também foi impactado por ação movida no exterior. Ele deu a declaração em entrevista à Rádio Itatiaia nesta tarde.
“Na minha opinião, teve um peso também [no acordo] a questão de a ação estar sendo julgada lá fora. Seria, no meu entender, uma vergonha para o Brasil, para o nosso sistema judiciário, ver, assistir, acatar uma decisão da Justiça do Reino Unido. Provaria uma incompetência nossa aqui de estarmos julgando fatos que ocorrem aqui entre empresas brasileiras, no território brasileiro”, disse Zema.
As mineradoras Vale, BHP e Samarco, e autoridades federais e estaduais assinaram nesta um novo compromisso para compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, no interior de Minas Gerais.
Mais cedo, durante evento no Planalto, Zema disse que foi um
“erro histórico” a criação da Fundação Renova, criada em 2016, após a assinatura de um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta entre as mineradoras e os órgãos públicos. A entidade tinha a atribuição de reparar os danos causados pelo rompimento da barragem do Fundo da Samarco, no dia 5 de novembro de 2015.
O acordo, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, prevê medidas reparatórias e compensatórias estimadas em R$ 170 bilhões.
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