O líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (MG), disse nesta terça-feira (15) que o partido só deve decidir quem apoiará para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Casa “possivelmente” após o segundo turno das eleições municipais.
“Nós não vamos estabelecer prazo, porque aqui o prazo é o dia da eleição. Agora, a conveniência política é que vai dizer o momento adequado e o processo de construção da bancada também”, disse o deputado a jornalistas após uma reunião da bancada petista sobre o assunto.
Odair afirmou que os deputados petistas debatem duas situações: permanecer no bloco partidário que garantiu a reeleição de Lira em 2023, formado por todos as siglas exceto o Novo e a federação Psol-Rede, ou a criação de um novo grupo.
“O PT está discutindo qual é a tese que nós vamos decidir. Se nós vamos decidir pela manutenção e pela permanência no blocão ou se nós vamos produzir um novo bloco aqui na Casa. Essa é a discussão central. E nessa tese de permanência nós temos uma candidatura que significa a convergência dessas forças políticas, que é o Hugo Motta”, declarou.
Hugo Motta (PB) é o líder do Republicanos e o candidato
“A maioria da bancada, nossa percepção geral, tende pela candidatura da convergência, pela permanência no blocão. Nós não queremos acirrar um processo de disputa aqui na Casa. Nossa compreensão mais geral é de que a presidência da Casa não é para ser da oposição ou da situação”, disse.
Odair defendeu que quem ocupar o cargo precisa “se portar como um árbitro”, garantindo a aprovação daquilo que a maioria desejar. “Nós queremos um presidente que dialogue institucionalmente, que garanta a participação democrática e civilizada aqui na Casa”, pontuou.
Em setembro, após semanas de indefinição, Lira indicou apoio a Motta, na tentativa de construir uma candidatura de consenso entre parlamentares governistas e da oposição.
Entretanto, a indicação fez com que outros dois postulantes, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA),
Questionado se uma parte da bancada petista prefere os outros dois candidatos a Motta, Odair Cunha negou.
“A maioria absoluta das falas da bancada hoje apontaram na perspectiva da convergência, da estabilidade, da institucionalidade. É claro que os candidatos têm respeito dos membros da bancada. Preferências existem, mas nós estamos falando de conformação de um bloco que garanta o funcionamento da casa, que garanta os espaços que competem a nossa bancada”, declarou.