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Saiba quem é Gabriel Galípolo, braço direito de Haddad indicado para comandar o Banco Central

Galípolo substitui Campos Neto, mas ainda deve ser submetido a uma sabatina no Senado Federal

Quem é Gabriel Galípolo, indicado pelo governo para o Banco Central

O governo Lula (PT) indicou Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central, substituindo Roberto Campos Neto, alvo de duras críticas do presidente. Embora Galípolo já fosse um nome cogitado há meses, sua nomeação ainda está sujeita a uma sabatina no Senado Federal, cuja data ainda não foi definida.

O anúncio foi oficializado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (28). Hoje, o indicado do ministro é diretor de política monetária da autarquia.

Aos 42 anos, Galípolo é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política. Em seu currículo, consta também a fundação, em 2009, da Galípolo Consultoria, da qual foi sócio-diretor até 2022. Entre 2017 e 2021 foi presidente do Banco Fator.

Conselheiro desde a campanha eleitoral de 2021, ele fez parte da equipe de transição do governo Lula. Após a posse, virou homem de confiança de Fernando Haddad e assumiu o posto de secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

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Além disso, ele foi professor do MBA de PPPs e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP) em parceria com a London School of Economics and Political Science.

De 2006 a 2012, Galípolo atuou como professor da graduação da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) em disciplinas como Economia Brasileira Contemporânea; Macroeconomia; Economia para Relações Internacionais; Introdução à Ciência Política, História do Pensamento Econômico, Economia Política, entre outras.

Elogiado por Lula, que ataca Campos Neto

Em entrevista à Itatiaia, o presidente se referiu ao indicado como “competentíssimo": “Possui uma honestidade ímpar”. Na ocasião, afirmou que Galípolo tem “todas as condições” de presidir o Banco Central.

Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Roberto Campos Neto fica à frente do Banco Central até 31 de dezembro deste ano. Lula não manteve segredo sobre suas críticas relacionadas à relutância do Banco Central em reduzir a taxa Selic, que determina os juros no Brasil. Segundo o presidente, o indicado de Bolsonaro tem viés político e, portanto, não deve presidir o BC.


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Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.