A construtora Andrade Gutierrez ainda pode evitar o cancelamento do
A construtora foi uma das nove empreiteiras que participaram da construção da sede administrativa do Executivo estadual, onde os governadores despacham desde 2010. Em 2021, a Andrade Gutierrez se comprometeu a pagar R$ 129 milhões a título de reparação após reconhecer que participou de crimes durante a construção da obra.
Entenda:
Os detalhes ainda são desconhecidos já que a gestão Romeu Zema colocou os anexos do acordo de leniência em sigilo por 10 anos.
Em entrevista, Simões afirmou que os prazos estão em curso e o processo de cancelamento, em andamento.
“Os prazos ainda estão em curso. A Andrade Gutierrez tinha 30 dias para apresentar a resposta dela, esse prazo venceu agora, na última semana. A resposta dela segue para os órgãos internos e, depois disso, se ela não fizer o pagamento, o acordo é cancelado”, afirmou.
Ainda segundo o vice-governador, os 90 dias de prazo terminam em setembro, mas a confirmação do cancelamento deve sair antes.
“Imagino que até o final de setembro, quando completam os 90 dias, mas espero que antes, a gente tenha o cancelamento porque não houve pagamentos sendo feitos. Ela tem uma forma de se livrar do cancelamento, basta depoistar o que está devendo imediatamente, mas não vi este depósito sendo feito nas contas do governo”, completou.
O acordo
Acordos de leniência são instrumentos jurídicos semelhantes aos processos de delação premiada, mas feitas entre um ente público e empresas privadas que assumem irregularidades. No caso da Andrade Gutierrez, uma das nove empresas que atuaram nas obras de construção da Cidade Administrativa, a companhia assumiu ter participado de maus feitos que resultaram em prejuízos aos cofres públicos, como pagamento de propina.
Os detalhes da confissão, no entanto, são desconhecidos, graças a uma decisão da administração de Romeu Zema (Novo) que colocou em sigilo de 10 anos as informações do acordo de leniência.
O valor global do acordo é de R$ 128,9 milhões e foi assinado em agosto de 2021. Nos meses seguintes, outras empresas firmaram acordos semelhantes, como a Coesa (antiga OAS) e OEC (antiga Odebrecht).
No contrato, a Andrade Gutierrez se comprometia a quitar o valor em 32 parcelas trimestrais de R$ 4 milhões cada.
A Itatiaia mostrou, ainda em 2023, que havia problemas no cumprimento do acordo de leniência por parte da