A tragédia no Rio Grande do Sul não impactou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, que se mantém inalterada, segundo o Boletim Macrofiscal da Secretaria de Políticas Econômicas, do Ministério da Fazenda, publicado nesta quinta-feira (18).
Horas antes, o
“O vigor das vendas no varejo e a demanda crescente por serviços prestados às famílias, repercutindo a geração de novos postos de trabalho, o avanço da massa de rendimentos e as condições menos restritivas de crédito, seguem como os principais vetores de crescimento em 2024”, indicou a equipe econômica no relatório.
Apesar da projeção do PIB favorável ao país, esse panorama macrofiscal alerta para a piora da projeção da inflação medida pelo IPCA, que avançou de 3,7% para 3,9%. Uma das explicações para o resultado é o reajuste praticado pela Petrobras sobre os preços da gasolina e do GLP. A alta do dólar também refletiu na piora do resultado da inflação.
Em relação ao setor produtivo, o relatório detalha melhora na expectativa de crescimento da indústria, de 2,4% para 2,6%; A projeção para o setor de serviços também subiu, de 2,7% para 28%.
Resultado em maio. A Secretaria do Ministério da Fazenda revisou, em maio, a projeção da inflação frente o impacto da tragédia humanitária e ambiental que assolou os municípios gaúchos. O relatório indicava um avanço da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,5% para 3,7%. O aumento decorria dos efetivos das chuvas e da previsão de elevação dos preços de alimentos como arroz e proteínas.
Entretanto, àquele mês, a equipe técnica avaliou que ainda não era possível indicar o reflexo da tragédia sobre o Produto Interno Bruto, mantendo-o em 2,5%, mas, antecipou que a agropecuária e a indústria de transformação seriam as mais afetadas.