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Governo mantém projeção de crescimento do PIB, mas vê piora na inflação em 2024

Boletim publicado nesta quinta (18) indica que tragédia no Rio Grande do Sul não impactou negativamente a projeção do PIB deste ano

Secretaria de Políticas Econômicas publicou nesta quinta-feira (18) análise do cenário econômico e projeções para 2024

A tragédia no Rio Grande do Sul não impactou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, que se mantém inalterada, segundo o Boletim Macrofiscal da Secretaria de Políticas Econômicas, do Ministério da Fazenda, publicado nesta quinta-feira (18).

Horas antes, o ministro Fernando Haddad chegou a pedir ‘cautela’ e ‘parcimônia’ à equipe na revisão da projeção do PIB; havia o temor de desaceleração do crescimento, o que não se confirmou. Conforme o documento, a Secretaria manteve a projeção do PIB em 2,5%, o que se justificou pelas medidas adotadas em apoio às famílias, às empresas e aos governos do Rio Grande do Sul e dos municípios afetados pela tragédia.

“O vigor das vendas no varejo e a demanda crescente por serviços prestados às famílias, repercutindo a geração de novos postos de trabalho, o avanço da massa de rendimentos e as condições menos restritivas de crédito, seguem como os principais vetores de crescimento em 2024”, indicou a equipe econômica no relatório.

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Apesar da projeção do PIB favorável ao país, esse panorama macrofiscal alerta para a piora da projeção da inflação medida pelo IPCA, que avançou de 3,7% para 3,9%. Uma das explicações para o resultado é o reajuste praticado pela Petrobras sobre os preços da gasolina e do GLP. A alta do dólar também refletiu na piora do resultado da inflação.

Em relação ao setor produtivo, o relatório detalha melhora na expectativa de crescimento da indústria, de 2,4% para 2,6%; A projeção para o setor de serviços também subiu, de 2,7% para 28%.

Resultado em maio. A Secretaria do Ministério da Fazenda revisou, em maio, a projeção da inflação frente o impacto da tragédia humanitária e ambiental que assolou os municípios gaúchos. O relatório indicava um avanço da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,5% para 3,7%. O aumento decorria dos efetivos das chuvas e da previsão de elevação dos preços de alimentos como arroz e proteínas.

Entretanto, àquele mês, a equipe técnica avaliou que ainda não era possível indicar o reflexo da tragédia sobre o Produto Interno Bruto, mantendo-o em 2,5%, mas, antecipou que a agropecuária e a indústria de transformação seriam as mais afetadas.


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Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.