O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se
Ainda sobre as negociações, o presidente brasileiro também pontuou que as imposições feitas pela União Europeia podem prejudicar o mercado, em especial, entre Brasil e Itália.
“Medidas como a taxa de carbono imposta de forma unilateral pela União Europeia podem afetar cinco dos dez produtos brasileiros mais exportados para o mercado italiano. A redução das emissões de CO2 é um imperativo, mas não deve ser feita com base em medidas unilaterais que vão impactar as vidas dos produtores brasileiros e dos consumidores italianos”, disse Lula.
As bases do acordo entre a União Europeia e o Mercosul foram firmadas em 2019. Agora, o texto precisa ser aprovado pelos países e romper resistências internas para que seja válido. A principal oposição vem da França, onde o presidente Emmanuel Macron já classificou os termos do acordo como ‘antiquados’.
No país francês, o acordo para facilitar exportações sulamericanas para a Europa enfrenta resistência, especialmente, de agricultores, que chegaram a protestar com caminhões e tratores nas ruas de Paris.
Em seu pronunciamento, o presidente italiano reforçou o entendimento e disse que uma decisão favorável ao acordo seria benéfica para todos os países. “Consideramos indispensável chegar rapidamente a uma decisão histórica que diga respeito a duas realidades para benefício do mundo. Um tecido de colaboração intercontinental que garante a paz do mundo”, explicou.
A visita do presidente italiano faz parte das comemorações do 150º aniversário da imigração italiana no Brasil. Após a visita à Brasília, Marttella também tem na agenda viagens ao Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul.