A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), disse, nesta quinta-feira (11), que os incêndios no Pantanal são fruto de desmatamento, que mais da metade dos focos foram controlados e que a situação seria “incomparavelmente pior” em um eventual governo Bolsonaro.
Veja também:
Marina desembarcou em Belo Horizonte para uma agenda política. A ministra participou de um evento em apoio à pré-candidatura de Rogério Correia (PT) à prefeitura. Sua correligionária, a deputada estadual Ana Paula Siqueira (Rede) desistiu de concorrer ao posto.
Questionada se as ações do governo federal no combate aos incêndios era melhor que as registradas no governo anterior, Marina Silva foi taxativa.
“Nós teríamos uma situação incomparavelmente pior”
De acordo com a Marina, historicamente, os incêndios na região ocorrem no final do mês de agosto e que, neste ano, foram antecipados em dois meses.
“Se não tivesse uma prioridade, desde o ano passado quando decretamos emergência em relação a incêndio e fizemos todo um processo de preparação, um plano de enfrentamento do fogo, uma articulação com o Corpo de Bombeiro dos Estados da Amazônia e do Pantanal, nós não teríamos como ter uma resposta pronta nesse momento. Essa é uma prioridade. Se o que está acontecendo estivesse acontecendo em um desgoverno na agenda ambiental, nós teríamos uma situação incomparávelmente pior”, comparou.
Incêndios são ação humana, diz Marina
Nesta quarta-feira (10), o governo brasileiro publicou uma medida provisória que permite que o
Segundo a ministra, cerca de 85% dos incêndios ocorrem em propriedades privadas e são
“Nenhum deles ocorre por ação natural de raios, é por ação humana. A Polícia Federal já está investigando, nós já identificamos os 20 focos originários de propagação desses incêndios e, aqueles que fizeram essa ação, serão investigados e se tiver uma ação dolosa ou culposa serão punidos na forma da lei”, afirma.
Ainda de acordo com a ministra, uma operação de guerra coordenada pelo governo com o apoio de diversos órgãos conseguiu debelar mais da metade dos incêndios — eram 54 e, hoje, 33.
“Nós estamos com a maioria desses incêndios em combate e alguns deles controlados, mas a umidade continua baixa, os ventos continuam se propagando e, se as pessoas não pararem de colocar fogo, desmatar, nós vamos ter uma situação complicada não só no Pantanal, mas também aqui em Minas Gerais”, afirmou a ministra citando uma combinação explosiva de focos de calor e incêndios, baixa umidade e efeitos climáticos como o El Niño e a La Niña.