Após o governo brasileiro determinar a suspensão da nova política da Meta (dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp) sobre coleta de dados de seus usuários para o treinamento de ferramentas de inteligência artificial, a empresa afirmou, em nota, que a decisão é um “retrocesso” e que está “desapontada”.
A big tech ainda afirmou que o pedido do governo “atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”.
“Nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil, e continuaremos a trabalhar com a ANPD para endereçar suas dúvidas. Isso é um retrocesso para a inovação e a competividade no desenvolvimento de IA e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”, afirmou a empresa. “Somos mais transparentes do que muitos participantes nessa indústria que tem usado conteúdos públicos para treinar seus modelos e produtos”.
Mais cedo,
“A ANPD avaliou que a empresa não forneceu informações adequadas e necessárias para que os titulares tivessem ciência sobre as possíveis consequências do tratamento de seus dados pessoais para o desenvolvimento de modelos de IA generativa”, diz nota.
A Meta deverá apresentar ao governo em até 5 dias: 1) documentação que ateste a mudança da Política de Privacidade dos serviços da empresa, para excluir esse trecho sobre o uso dos dados pessoais para treinar IAs generativas; 2) declaração assinada por representante legal atestando que o uso dos dados foi suspenso. O despacho prevê multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento.