Um dos alvos da “Operação Dubai” é o empresário Leonardo Bacha que, durante a gestão do ex-presidente e ex-prefeito Alexandre Kalil, no Alvinegro, atuava no setor de bilhetagem do clube. Ele foi alvo de auditoria contratada por gestões passadas.
Irmão da empresária Samira Monti Bacha Rodrigues, presa por comandar um esquema que desviou mais de R$ 35 milhões de três empresas, e investigada também por “lavagem de dinheiro” por meio de viagens e compras de artigos de luxo, Leonardo foi conselheiro do Atlético. Porém, desde que o grupo que atualmente comanda o clube assumiu, ele deixou de fazer parte do quadro. A informação foi primeiramente dada pelo O Fator e confirmada pela Itatiaia.
Diante dos primeiros fatos encontrados nas investigações da Polícia Civil, Leonardo é apontado como uma das peças do esquema de fraudes cometidas contra uma empresa de de operações financeiras.
Num relatório da empresa ICTS, Bacha é citado num negócio envolvendo intermediação de ingressos, por meio da empresa “BUT Intermediação de Negócios”. Ele tinha a esposa e o filho como sócios. Em procuração firmada em 26 de novembro de 2018, o investigado foi nomeado procurador “com amplos e ilimitados poderes”, tendo liberdade total nas movimentações da conta corrente.
Entenda a “Operação Dubai”
Os investigadores da Polícia Civil encontraram indícios de que Leonardo Bacha era o responsável (ou um dos responsáveis) por utilizar e “descarregar” os cartões de crédito, criados de forma ilegal, em esquema supostamente elaborado pela imã, por Samira Monti.
Preso durante a operação, Bacha será interrogado na 1ª Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Contra a Ordem Tributária, nesta quinta-feira. A investigação está sob segredo de Justiça.
Além de Samira e Leonardo, outras nove pessoas foram presas durante a “Operação Dubai”.