Ouvindo...

Secretário de Zema sai em defesa de líder do governo, condenado por corrupção: ‘total solidariedade’

Gustavo Valadares disse, em nota, que João Magalhães é “peça fundamental” na relação entre Executivo e Legislativo

Gustavo Valadares (esq) foi colega de João Magalhães (dir) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Coube ao secretário de Estado de Governo de Minas Gerais, Gustavo Valadares (PMN), sair em defesa do líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado João Magalhães (MDB). O emedebista foi condenado pela Justiça Federal a 11 anos e oito meses de prisão, inicialmente em regime fechado, pela prática de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em nota encaminhada à reportagem, Valadares prestou " total solidariedade” ao parlamentar, a quem qualificou como “peça fundamental” na relação entre o Palácio Tiradentes e o Legislativo mineiro.

“Magalhães é peça importante no relacionamento do Executivo com o Legislativo, sempre se mostrou íntegro e respeitoso e terá tempo e espaço para apresentar, à Justiça, argumentos que comprovem sua inocência”, afirmou Valadares no texto, ressaltando que a condenação se deu em primeira instância.

Leia também

João Magalhães condenado

O deputado estadual João Magalhães (MDB), líder do governo Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A sentença, da Justiça Federal, é da última semana e diz respeito a um processo que teve origem na Operação João de Barro, da Polícia Federal, de 2008.

As investigações apuraram um esquema de fraude em licitações em prefeituras de todo o país e conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Magalhães, que à época era deputado federal, ele teria recebido propina em troca de destinar emendas parlamentares à Prefeitura de Tumiritinga, no Vale do Rio Doce. A mesma condenação que afetou o deputado estadual também atingiu o ex-prefeito da cidade à época dos fatos, Luiz Denis Alves e uma ex-assessora informal do parlamentar, Mary Rosane da Silva Lanes.

Conforme a denúncia, confirmada pela sentença do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), João Magalhães recebeu do prefeito R$ 38 mil — cerca de R$ 144 mil em valores corrigidos — no dia 5 de outubro de 2007 “em contraprestação de emendas parlamentares àquele Município”.


Participe dos canais da Itatiaia:

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.