Em meio a pressão de servidores públicos por um reajuste de salários que atinja 10,67% — o equivalente aos índices de inflação de 2022 e 2023 —, o líder do governo Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado João Magalhães (MDB), declarou nesta terça-feira (4) que o
“O governo já chegou no limite, que é a reposição da inflação do ano anterior. Respeitamos a iniciativa da oposição, mas vamos trabalhar para que as emendas sejam rejeitadas”, afirmou.
No início da tarde desta terça-feira (4), o plenário da
Questionado pela Itatiaia se a sessão de hoje foi uma vitória ou derrota para o Governo Zema, Magalhães desconversou.
“Nem vitória, nem derrota. Foi debate. É legítimo. Nós, que estamos no Parlamento, estamos sujeitos a essas nuances. Nós tínhamos dificuldade com alguns deputados ligados às forças de segurança e um placar um pouco apertado, mas era esperado diante do quadro da semana anterior”, justificou.
Uma das emendas, assinada por 30 deputados estaduais, pretendia elevar para 10,67% o reajuste especificamente para as forças de segurança. A mudança foi rejeitada por uma diferença de apenas um voto, em placar apertado de 33 a 32 no plenário.
O emedebista, no entanto, diz que a sinalização de Romeu Zema para que o índice chegue a 4,62% foi bem recebida pela base do governo.
“Acho que vai, com esse novo índice de 4,62% vai ficar bem mais fácil de trabalhar no plenário e na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária. A gente está sentindo que está tendo uma boa receptividade”, afirmou.
Vai e vem do reajuste
O texto-base do Projeto de Lei 2.309/2024, que concede aos servidores públicos um reajuste de 3,62% foi aprovado na semana passada. No entanto, ao longo da tramitação da proposta na Assembleia, 55 emendas foram apresentadas para tentar elevar os índices em benefício do funcionalismo público. A proposta assinada pelo governador Romeu Zema encontrou resistência até mesmo por parte da base de governo no Legislativo mineiro. Em vídeo divulgado no início da manhã, o chefe do Executivo se comprometeu com um aumento de um ponto percentual — o que faria com que o reajuste chegasse a 4,62%, que é o mesmo percentual da inflação apurada no ano de 2023.
Parlamentares vão tentar, na sessão da FFO, aprovar um reajuste maior. A sessão foi aberta na tarde desta terça, mas está suspensa.