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Mudanças no Ipsemg: comissão da ALMG adia votação de projeto apresentado pelo governo Zema

Projeto prevê aumento da contribuição dos servidores e enfrenta resistência de deputados; governo promete melhorar os serviços de saúde prestados ao funcionalismo

Projeto que altera regras de contribuição ao Ipsemg enfrenta resistência na ALMG

A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que aconteceria na manhã desta terça-feira (18) e tinha como pauta mudanças no Ipsemg foi suspensa e a votação do projeto apresentado pelo governador Romeu Zema (Novo) ficou para a próxima semana.

O texto recebe críticas de deputados da oposição ao governo Zema e até mesmo de parlamentares que fazem parte da base aliada do governador.

O presidente da CCJ, deputado Arnaldo Silva (União), contou à reportagem da Itatiaia que não presidiu a sessão por não estar em Belo Horizonte nesta terça. “Estou resolvendo questões de saúde na minha família, não acompanhei nada e não estou sabendo o que houve hoje”, afirmou o deputado.

Veja mais: Entendas as mudanças propostas pelo governo Zema para instituto dos servidores

Sem o presidente, a abertura da sessão ficaria sob responsabilidade do vice-presidente, deputado Bruno Engler (PL), que também não compareceu na comissão. Procurado pela reportagem da Itatiaia, Engler não retornou.

Coube ao deputado Doutor Jean Freire (PT) suspender a sessão da CCJ, sem votação de nenhum projeto em pauta.

“Com a ausência do Arnaldo, quem deveria presidir era o Bruno Engler, que não estava na Casa. Então, restou a mim presidir. Sou filho de servidora pública e dependi do Ipsemg por muitos anos. Se na época em que fiz tratamento no Ipsemg valessem as regras que este projeto quer implementar eu não teria como fazer o tratamento”, conta Jean Freire.

Mudanças no Ipsemg

O projeto 2.238/24 , que traz modificações ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg), prevê o aumento na contribuição dos usuários. Hoje, existe um valor mínimo (R$ 33) e um valor máximo (R$ 275) de contribuição. Pela mudança, o piso quase dobra (R$ 60) e o teto vai para R$ 500.

Outra mudança apresentada é para os dependentes, os filhos dos titulares do Ipsemg.

Hoje, os dependentes de 0 a 20 anos são isentos. Pela proposta eles passam a contribuir com o piso, de R$ 60. Aqueles de 21 a 34 anos, que hoje contribuem com R$ 33, teriam o valor elevado a R$ 90.

O governo promete a criação de uma lista onde constariam os procedimentos cobertos pelo Ipsemg.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.