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ALMG vai votar emendas a projeto que dá aumento a servidores; reajuste pode aumentar

Assembleia e Governo buscam costurar acordo para elevar percentual de reajuste dos servidores de 3,62% para 4,62%

O reajuste salarial que vai impactar diretamente na vida de 600 mil servidores públicos mineiros voltará à pauta do plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (4). A sessão, marcada para as 14h30, será marcada pela votação das 55 emendas — que não foram apreciadas na semana passada.

O texto original, que propõe um reajuste 3,62% para todo funcionalismo público, foi aprovado na última semana.

“Nós teremos o prosseguimento da votação, que foi iniciada na semana passada, quando foi votado o texto inicial e ficaram faltando as emendas e os destaques. Tivemos mais de 50 emendas que foram colocadas neste texto, em primeiro turno. Finalizando essa discussão em plenário, o projeto vai seguir para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária e, depois, em segundo turno, no plenário”, explica o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB).

A Itatiaia apurou que deputados próximos ao governo estão tentando costurar um acordo para alterar o reajuste. Esse aumento seria de um ponto percentual, o que elevaria o percentual de reajuste de 3,62% para 4,62% — e, dessa forma, atingir o índice de inflação do ano passado.

As articulações devem ganhar mais força a partir desta terça-feira (4), com o retorno do governador Romeu Zema (Novo) a Belo Horizonte. Nessa segunda-feira (3), o governador fez um bate e volta em Brasília para posse da ministra Cármen Lúcia, que irá assumir, pela segunda vez, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Se, nos últimos dias, ganhou força entre os deputados a proposta que aumenta o reajuste de 3,62% para 4,62%, entre os representantes das forças de segurança no Parlamento mineiro, críticos à proposta assinada pelo governador, o índice segue insuficiente.

Um dos representantes das forças de segurança no parlamento mineiro, o deputado Sargento Rodrigues (PL), chamou os porcentuais oferecidos pela gestão Zema de vergonhoso.

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“Eu já tinha dito isso nas comissões. Há por parte dos deputados da base de governo, um constrangimento enorme de ter votado um aumento de quase 300% para o governador, o vice e seus secretários, e agora ter que votar uma migalha de 3,62%. No caso da segurança, temos uma perda, nos últimos sete anos, de mais de 40%. Apresentamos uma emenda que repara a inflação de 2022 e 2023", afirmou, ao citar uma proposta de reajuste de 10,67%, o que ele considera “o mínimo do mínimo do justo”.

A deputada de oposição ao Governo Zema, Bella Gonçalves (Novo), afirma que vai continuar brigando por um reajuste acima de 10%.

“O governador apresentou uma proposta fajuta e, desde semana passada, começou uma conversa nos bastidores, de que ele toparia subir o valor para 4,62%. A gente considera absolutamente insuficiente. Pelos nossos cálculos, deveria ser mais de 10% o aumento para recomposição inflacionária do período. Essa será a emenda que o bloco vai sustentar”, afirma.


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Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.
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