O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rechaçaram nesta segunda-feira (27) o ataque perpetrado pelas forças de Israel nesse domingo (26) contra um campo de refugiados em Rafah, na Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde palestino calcula que pelo menos 40 pessoas morreram durante a explosão; o número de feridos ainda é impreciso.
À contramão do Itamaraty, que ainda não se manifestou, o ministro Silvio Almeida condenou a agressão israelense em publicação nas redes sociais. “Este evento não deixa dúvidas de que o governo de Israel comete crimes de guerra”, escreveu. “O assassinato brutal de civis palestinos escancara os propósitos genocidas do governo israelense”, completou.
A presidente do PT, Gleisi Hoffman, também repudiou a ofensiva do exército de Benjamin Netanyahu. “Bombardear abrigos de refugiados e matar palestinos deslocados em Rafah foi a resposta do governo de extrema-direita de Israel à Corte Internacional de Haia”, declarou citando a determinação da Corte na última quinta-feira (24) obrigando a retirada de Israel do território em Rafah. “É mais uma demonstração de crueldade e arrogância do governo de Netanyahu, que desafia a civilização e a humanidade para se manter no poder”, acrescentou Gleisi.
A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) usou as redes sociais para se manifestar também nesta segunda-feira. “O mundo precisa parar Israel, o povo palestino não pode pagar com a vida pela anuência com os crimes de Netanyahu”, disse.
Segundo as agências estrangeiras, as Forças de Defesa de Israel argumentaram que o ataque mirou dois líderes do Hamas, mortos após a ofensiva. A agressão israelense ocorreu após o grupo terrorista ter disparado foguetes em direção a Tel Aviv.
As autoridades palestinas têm destacado, desde domingo, que o ataque de Israel atingiu um acampamento humanitário considerado seguro e indicaram que mulheres e crianças estão entre os mortos.