A Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) vota, em caráter definitivo, nesta terça-feira (14), um Projeto de Lei que pretende
Mourão Filho foi um general do Exército Brasileiro que comandou as tropas da 4ª Região Militar de Juiz de Fora, na Zona da Mata, em direção ao Rio de Janeiro, em 31 de março de 1964. O objetivo era depor o então presidente da República, João Goulart. O golpe militar, que completou 60 anos em 2024, foi concretizado no dia seguinte.
Já Antônio Pinheiro, pai do jornalista Chico Pinheiro, foi vereador em Belo Horizonte e deputado estadual de Minas Gerais.
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Antônio Pinheiro foi vereador por cinco mandatos consecutivos em Belo Horizonte
No mês passado, o prefeito sancionou um outro projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores, que
Soares da Rocha foi um delegado da Polícia Civil de Minas Gerais e teve o nome incluído no relatório final da Comissão Nacional da Verdade após ter sido apontado por pelo menos cinco presos políticos como autor do assassinato do ex-sargento da Aeronáutica, João Lucas Alves, em 1969. Já Elias Antônio Jorge foi sindicalista e professor universitário.
Avenida General Olímpio Mourão Filho
A Avenida General Olímpio Mourão Filho fica no bairro Itapoã, na região da Pampulha e se estende por cerca de 850 metros, desde o cruzamento com a avenida Dom Pedro II até a avenida Dr. Cristiano Guimarães.
Ao defender a aprovação ao projeto, o vereador Pedro Patrus diz que é “inegável a participação do General Olímpio Mourão Filho no golpe cívico-militar de 1964" e que a avenida receber o seu nome em 1972, “em pleno desenvolvimento do governo militar”. Sobre a adoção do nome do ex-vereador Antônio Pinheiro, o petista diz que ele foi parlamentar por cinco mandatos consecutivos em Belo Horizonte e teve destaque pela sua atuação junto a comunidades carentes, tendo sido homenageado pelo Papa João Paulo II.
Parecer pela rejeição
Os vereadores da CLJ vão votar o projeto de lei com parecer pela rejeição do vereador Irlan Melo, que diz que a mudança de nome traria “consequências significativas” na vida dos comerciantes da região. Ele diz, ainda, que os moradores não foram consultados sobre o assunto.
“Tendo em vista o significativo ônus da alteração (que recairá sobre comerciantes e moradores), bem como a ausência de manifestação destes interessados sobre a mudança proposta, em análise de mérito, concluo pela rejeição do Projeto de Lei n° 818/2023", diz trecho do parecer.