A ministra Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, em reunião com representantes do Conselho Estadual de Mulheres do Rio Grande do Sul, ouviu demandas de mulheres, incluindo relatos de abusos contra meninas nos abrigos destinados aos afetados pelas enchentes que assolam o estado há dias.
Detalhes sobre a localização e a quantidade de casos não foram divulgados. Diante disso, a pasta se comprometeu a disponibilizar uma equipe para atuar em conjunto com as autoridades locais e apurar os relatos.
A ministra da Mulher anunciou a organização de uma viagem do ministério ao Rio Grande do Sul, bem como uma visita aos abrigos afetados.
Relatos e demandas específicos de mulheres e meninas:
- Abusos contra meninas e mulheres nos abrigos;
- Falta de locais para denúncias;
- Necessidade de abrigos e banheiros exclusivos para mulheres;
- Escassez de atendimento psicológico;
- Dificuldade enfrentada por mães de crianças com deficiência para permanecer nos abrigos;
- Carência de itens de higiene, absorventes, toalhas, roupas de cama, alimentos não perecíveis e colchões nas doações;
- Perda total da renda de mulheres da agricultura familiar;
- Mulheres que dependem exclusivamente do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e perderam suas casas;
- Solicitação de abordagem de gênero nos protocolos de resgate durante crises;
- Reivindicação de recursos com enfoque de gênero para o Estado;
- Necessidade de recursos para as entidades que trabalham diretamente com mulheres;
- Retomada urgente da Secretaria de Mulheres do Estado.
Relatos e demandas gerais:
- Escassez de combustível para barcos e lanchas de resgate;
- Prejuízos na produção agrícola e perda de animais;
- Pedido de anistia das dívidas dos produtores;
- Garantia de moradia segura após a redução do nível das águas;
- Apelo para o envolvimento da sociedade civil na busca por soluções;
- Denúncia de preços abusivos nos comércios locais.
A ministra Cida Gonçalves anunciou a formação de uma equipe para atuar localmente, respondendo às demandas pessoalmente e trabalhando no desenvolvimento de um protocolo para estabelecer uma rede de apoio às mulheres, considerando a criação de abrigos específicos, caso viável.
“Agora, é crucial identificar formas de garantir a segurança das mulheres e meninas, protegendo seus direitos”, afirmou a ministra.
Além disso, a pasta informou estar contribuindo para uma campanha de conscientização, incentivando doações de itens essenciais para mulheres e crianças.
Homem preso suspeito de estupro
A vítima, resgatada das enchentes e deixada no abrigo sem a presença de seus responsáveis, relatou dores à mãe e mencionou o abuso após deixar o local, que estava sem água e luz. A Polícia Civil esclareceu que o abrigo não era oficial, mas sim uma chácara improvisada para receber os desabrigados.