Oito meses após sofrer uma catástrofe com a passagem de um ciclone, o Rio Grande do Sul é novamente afetado por uma tragédia ambiental e humanitária com 13 mortos e 21 desaparecidos em meio às fortes chuvas que atingem a região. Ao contrário da posição adotada na última ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu visitar o estado, e se reuniu com o governador Eduardo Leite (PSDB) nesta quinta-feira (2). O petista endossou a promessa de liberação de recursos para reconstrução dos municípios destruídos.
“Da parte do Governo Federal não faltará esforço. A gente não vai permitir que falte recursos para reparar os danos causados. O Governo Federal está totalmente à disposição do estado e do povo do Rio Grande do Sul para atendê-los com material humano, com trabalho e com recursos para reparar os prejuízos”, afirmou Lula em reunião com Leite e a comitiva de ministros. Foram à região atingida os ministros Renan Filho, dos Transportes, Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, Marina Silva, do Meio Ambiente, Jader Filho, das Cidades, e Rui Costa, da Casa Civil. O general Tomás Paiva, comandante do Exército, e o ministro da Defesa, José Múcio, também integram a comitiva.
“Lamentavelmente, a gente só não pode prometer recuperar vidas porque não está em nosso alcance. Como ser humano, vou rezar e rezar muito para que a chuva possa parar. Como governante, vou fazer o que estiver ao alcance do Governo Federal para dar tranquilidade ao povo gaúcho”, acrescentou o presidente. Os militares do Exército estão mobilizados para rápido deslocamento para o Rio Grande do Sul, e a previsão é que um hospital de campanha seja instalado ainda nesta quinta-feira em Lajeado, município a pouco mais de 1h30 de distância da capital Porto Alegre.
Crítica. Um ciclone atingiu o Rio Grande do Sul em setembro passado e deixou, pelo menos, 51 mortos. À ocasião, o presidente Lula participava da Cúpula do G20, na Índia, e não retornou ao Brasil para acompanhar as operações de busca pelos desaparecidos e de suporte aos municípios afetados. A ausência do petista suscitou críticas a ele; principalmente ampliadas após um vídeo publicado pela primeira-dama Janja, no qual ela desembarca e diz: ‘me segura, que eu já vou sair dançando’.