A fuga e a operação de recaptura dos presos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, são os principais assuntos a serem tratados na sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados desta terça-feira (16) com presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Os parlamentares que compõem o colegiado, majoritariamente ligados à direita e a Jair Bolsonaro (PL), cobram respostas do ministro sobre a fuga e as ações da pasta para coibir o avanço do crime organizado no Brasil.
A ida de Lewandowski à comissão é fruto de seis requerimentos apresentados por deputados de direita. Nos convites protocolados, os parlamentares argumentam que o Brasil sofre com o avanço das quadrilhas e facções e apontam fragilidades no sistema penitenciário. Outros assuntos também pipocam nos requerimentos. O deputado Ricardo Valadares (União Brasil-SE), por exemplo, exige respostas sobre as políticas de combate à exploração sexual de menores de idade e tráfico de pessoas.
Este será o primeiro encontro entre o ministro da Justiça e a comissão, que travou intensas discussões com o antecessor na pasta e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. Inicialmente, os parlamentares queriam a presença de Lewandowski logo após a fuga em Mossoró; entretanto, o ministro estabeleceu um diálogo com o presidente da comissão, deputado Alberto Fraga (PL-PE), negociou o adiamento da data.
À época, Fraga ainda indicou outros temas que devem ser abordados: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Antidrogas, vetada parcialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientado pelo ministro da Justiça, e o decreto do Governo Federal que, no ano passado, tornou mais rígido o controle de armas no Brasil.