O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (5), formaliza a dispensa de Humberto Gleydson Fontinele Alencar da função de diretor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A destituição do diretor tem efeito desde 14 de fevereiro, quando ele já havia sido afastado logo depois da fuga de dois detentos. O governo viu falhas no sistema e gestão do presídio que favoreceram a fuga.
A dispensa do ex-diretor da Penitenciária Federal de Mossoró consta de portaria assinada pelo secretário executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto.
Veja a linha do tempo da fuga
- Os dois detentos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro;
- A Força Nacional foi convocada para auxiliar nas buscas aos fugitivos em 22 de fevereiro. Ao todo, foram 100 agentes envolvidos na operação;
- Inicialmente, as buscas se concentraram em Mossoró e Baraúnas, cidade vizinha.
- Em 23 de fevereiro, a Polícia Federal prendeu um mecânico sob suspeita de ajudar os fugitivos a se esconderem. Em depoimento à PF, Ronaildo da Silva Fernandes disse que os dois ficaram uma semana escondidos em Baraúna. Porém, ele afirmou que só ajudou os criminosos porque foi ameaçado.
- Em 13 de março, quase um mês depois da fuga, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que acreditava que Deibson e Rogério ainda não haviam saído da região;
- Após 45 dias de busca, em 29 de março, a Força Nacional deixou a operação;
- Nesta quinta-feira (4), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com a Polícia Federal (PF), prendeu Deibson e Rogério em Marabá, no Pará. A cidade fica a 1.600 km de Mossóro. Segundo Lewandowski, a dupla planejava fugir para outro país;
- Os fugitivos foram capturados enquanto tentavam cruzar a Ponte Mista de Marabá, que tem mais de 2 quilômetros de extensão sobre o rio Tocantins;
- Os dois foram encontrados com um fuzil, munições e dinheiro. Além de Deibson e Rogério, outros quatro comparsas foram presos, e três carros apreendidos;
- Agora, após a prisão, os dois serão enviados de volta para o Presídio de Mossoró. Autoridades federais afirmam que a segurança da penitenciária foi reforçada para que novas fugas não aconteçam;
- A operação teria custado mais de R$ 2,1 milhões aos cofres da União. Ao todo, mais de 500 policiais participaram das buscas.
*Com informações de Fernanda Rodrigues e Estadão Conteúdo