O ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, durante o governo Bolsonaro em 2022, teria,
A revelação desses depoimentos, antes sob sigilo, foi
Baptista afirmou que, após Bolsonaro “aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de alguns institutos previstos na Constituição” — GLO, Estado de Defesa ou Estado de Sítio —, Freire Gomes disse que, “caso ele tentasse o tal ato, teria que prender o presidente da República”.
Freire Gomes, no entanto, não está sendo investigado na operação que apura os envolvidos em uma possível tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder. Em 1º de março,
O CASO
No seu depoimento, o ex-comandante confirmou que Bolsonaro apresentou a ele e aos outros líderes das Forças Armadas um esboço de decreto para instaurar um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de “verificar a conformidade e legalidade do processo eleitoral” de 2022.
O general teria deixado claro que não participaria de qualquer tentativa de golpe e afirmou ter sido alvo de ataques por essa posição, inclusive sendo insultado pelo General Braga Netto.
Freire Gomes participou de duas reuniões que discutiram esse esboço de decreto.
Uma segunda versão do esboço foi apresentada em outro encontro de Bolsonaro com os três comandantes, embora Freire Gomes tenha afirmado não se recordar da data específica dessa reunião.
QUEM É FREIRE GOMES
Nascido em 31 de julho de 1957, na cidade de Pirassununga, no interior de São Paulo, Freire Gomes é figura proeminente no cenário militar brasileiro.
Em sua trajetória, destacou-se como o terceiro comandante do Exército durante o governo Bolsonaro, ocupando o cargo entre os meses de março e dezembro de 2022. Sua ascensão ao posto ocorreu após o general Paulo Sérgio Nogueira, que estava sob investigação pela Polícia Federal, deixar a posição para assumir o cargo de ministro da Defesa.