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Busca por fugitivos em Mossoró completa um mês desafiando as autoridades

Detentos foram vistos pela última vez na terça-feira, e tiveram a presença detectada por cães farejadores; missão de recaptura virou prioridade no Ministério da Justiça

Com pouco mais de um mêsn o cargo, ministro Lewandowski já lida com a pressão da recaptura dos presos

Há um mês, dois detentos fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, desencadeando uma operação de busca sem precedentes. A fuga, inédita na história desde a inauguração do primeiro presídio de segurança máxima no Brasil, tem desafiado as autoridades, que ainda não conseguiram recapturar os presos.

Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça (o Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (o Deisinho). Ambos fazem parte da facção Comando Vermelho e são considerados de alta periculosidade.

Desde que deixaram a cadeia, em um plano que ainda segue sendo investigado, os fugitivos mantiveram uma família como refém, foram avistados em diferentes comunidades e se esconderam em uma propriedade rural. Além disso, chegaram a agredir uma pessoa na zona rural de Baraúna.

A descoberta mais recente das autoridades é que haveria uma rede de apoio fora do presídio que estaria apoiando a dupla nessa fuga. O plano, supostamente, seria bancado pela facção criminosa Comando Vermelho, do qual ambos fazem parte. Até o momento, sete pessoas já foram presas nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, sendo que seis tinham ligação com as fugas.

Ao longo deste mês, a missão de capturar a dupla se tornou a prioridade do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que assumiu o ministério dias antes da fuga. Nesta quarta-feira (13), o ministro esteve pela segunda vez em Mossoró e disse que a hipótese mais provável é que os fugitivos ainda estejam na região.

“A operação ao meu juízo é uma operação que está se desenvolvendo até o momento com êxito. Nós temos indícios fortes da presença dos fugitivos na região. Temos hoje uma convicção de que os fugitivos se encontram aqui ainda”, disse o ministro.

Cerca de 500 policiais permanecem mobilizados na região, sem prazo definido para o término das buscas.

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Quais são as provas?

A principal evidência de que Tatu e Deisinho ainda estariam na região vem dos cães farejadores que conseguiram farejar na última terça-feira (12) a presença dos fugitivos em uma região rural que fica a cerca de 10 km da cidade de Baraúna,

De acordo com o governo federal, os criminosos foram vistos pela última vez no dia 3 de março, em uma fazenda da região, e estavam juntos.

O ministro acredita que apesar da ajuda que receberam, ambos estejam encurralados neste momento, o que pode representar uma reta final da missão de recaptura dos presos. “O resultado prático a meu ver é que eles não conseguiram escapar deste perímetro, eles estão cercados. Se não fosse a eficiência das polícias eles já estariam distantes. Embora não tenham sido recapturados, eles se mantêm nesse perímetro original”, explicou.

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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio