Ouvindo...

Alckmin sobre crise na Petrobras: ‘não afeta os investimentos do governo’

Vice-presidente citou investimentos de montadoras no Brasil e afirmou que crise na estatal ‘não afeta’

Segundo Alckimin, a resposta negativa do mercado ao posicionamento da Petrobras não afeta os investimentos do governo.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comentou nesta terça-feira (12) sobre a medida de retenção de dividendos extraordinários anunciada pela Petrobras na última quinta-feira (8). Segundo Alckimin, a resposta negativa do mercado ao posicionamento da estatal não afeta os investimentos do governo.

“Eu acho que não afeta. Até quero dar um exemplo da indústria automotiva. Nós temos hoje anunciado para investir até 2028, 107 bilhões na indústria automotiva, inclusive em Minas Gerais, em Betim”, afirmou o vice-presidente em entrevista à Itatiaia.

Alckmin ainda ressaltou o investimento de R$ 30 bilhões do grupo Stelanttis. A fabricante reúne as marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM - todas com veículos produzidos no Brasil. Há linhas de montagem em Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. O investimento é recorde entre as fabricantes de veículos instaladas no país.

O vice-presidente ainda destacou o programa do governo destinado à renovação de frota de caminhões e ônibus que contou com participação de investimentos da Iveco.

Questionado sobre o Programa Mover permanecer como uma medida provisória, Alckmin disse estar “confiante” e que conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre os encaminhamentos do programa.

“Eu combinei com ele que a medida provisória continua vigorando até o começo de junho, mas nós vamos encaminhar nos próximos dias, o presidente Lula vai encaminhar, o Projeto de Lei em regime de urgência. Então, a medida provisória vigora por 120 dias e já estará no Congresso o projeto de lei em regime de urgência para 45 dias. Estamos otimistas”, afirmou Alckmin.

Crise na Petrobrás

Na última quinta-feira (8), o Conselho da Administração da Petrobrás anunciou que não pagaria R$ 72,4 bilhões de dividendos extraordinários aos acionistas. A decisão deflagrou uma crise na estatal que culminou na desvalorização da empresa na bolsa de valores. A reação negativa no mercado fez com que a Petrobrás perdesse R$ 55 milhões de valor. Era aguardado que a empresa distribuísse ao menos 50% dos dividendos extraordinários, no entanto, os repasses foram retidos, incluindo a destinada à União.

Leia também

Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular. Clique aqui e se inscreva.

Repórter de Política Nacional e Internacional na rádio Itatiaia. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pós-graduanda em Comunicação Governamental na PUC Minas. Sólida experiência no Legislativo e Executivo mineiro. Premiada na 7ª Olimpíada Nacional de História do Brasil da Universidade de Campinas.
Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.