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‘Há possibilidade que eles tentem sair do país’, afirma Interpol após fuga em penitenciária de segurança máxima

Fugitivos respondem por crimes como homicídio, roubo, tráfico de drogas e organização criminosa

Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça são procurados pelas autoridades

A Interpol afirma que os dois criminosos que escaparam de uma prisão de segurança máxima em Mossoró (RN) na última quarta-feira (14) possam fugir para países que fazem fronteira com o Brasil. Nesta quinta-feira (15), a organização incluiu os nomes de Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Querubim, e Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, na lista de criminosos procurados internacionalmente.

O vice-presidente da Interpol, Vandecy Urquiza, ressalta que casos como o retratado sempre apresentam risco da tentativa de saída do país onde respondem por crimes e por isso a necessidade da inclusão do nome dos criminosos para que todos os países da difusão tenham conhecimento sobre a fuga. “Há sempre a possibilidade que eles [fugitivos] tentem sair do país. A partir do momento que esses nomes são incluídos nessa difusão [vermelha], nós conseguimos que todos os países que compõe a organização tenham acesso imediatamente a informações”, afirmou.

O presidente da organização, afirma que, com a inclusão dos nomes, as informações dos criminosos são compartilhados com 196 países associados. Entre as informações inclusas, estão as digitais dos fugitivos, o que, de acordo com Urquiza, facilitaria as identificações e as prisões de ambos pela imigração devido ao cruzamento de dados. “Isso aumenta o espectro de instrumentos disponíveis para a polícia para tentar localizar a movimentação fora do Brasil”, diz Urquiza.

Saiba quem são

A dupla que escapou da penitenciária na última terça-feira (13), durante o Carnaval, foi identificada como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, também conhecido como “Tatu” ou ‘Deisinho’. Juntos, os dois possuem mais de 80 processos judiciais no Tribunal de Justiça do Acre - estado de onde saíram transferidos para o Rio Grande do Norte - e somam 155 anos em condenações, conforme o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).

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Repórter de Política Nacional e Internacional na rádio Itatiaia. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pós-graduanda em Comunicação Governamental na PUC Minas. Sólida experiência no Legislativo e Executivo mineiro. Premiada na 7ª Olimpíada Nacional de História do Brasil da Universidade de Campinas.