O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), subiu ao palco do Minascentro, em Belo Horizonte, e optou por um discurso de conciliação na presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O petista disse que seu papel não é se preocupar com o partido do governador dos estados em que visita.
Com a visita a Minas,
“Já estive com muitos governadores de Minas Gerais. O último, o companheiro Aécio, do PSDB, depois o Pimentel. A gente não faz diferença de tratamento nem para governador, nem para prefeito. Os programas que vamos apresentar aqui foram compartilhados - ou com governo ou com prefeitos”, afirmou. “Eu já convivi com muita gente, quando a gente chega em uma certa idade, o que a gente tem mais que os outros é experiência. Já convivi com muita gente que não gostava de mim. A gente tem que conversar com quem não votou na gente, com relação de respeito. As pessoas não são obrigadas a votarem no que o Presidente da República manda. Nem sempre o presidente é dono da verdade”, completou.
Lula disse, ainda, que recebeu críticas por encontrar com governadores aliados de Bolsonaro, mas que não quer “dividir” o país.
“Eu não quero dividir nada. Não estou fazendo reunião com governador, estou conversando com o governador do estado, que foi eleito pela mesma urna que me elegeu e que tomou posse e tem que governar. Nunca vou pedir para um governador gostar mais ou menos de mim. Sou muito bem casado e está ali a Janjinha. Quero uma relação civilizada. Dois politicos podem ser de partidos diferentes e torcer para times diferentes”, afirmou.
Antes de Lula, falaram o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Zema também adotou um tom conciliatório e entregou uma lista de demandas do estado ao presidente. Em seu discurso, disse que, ao longo da vida, como empresário, aprendeu a
“Essa visita é um reconhecimento da importância do nosso estado. Em toda a minha vida de trabalho, primeiro como funcionário, depois como empresário e, agora, nesses cinco anos como governador, aprendi a trabalhar com quem pensa diferente. Como empresário, tinha de entender as vontades dos clientes e atendê-los. Enquanto governador, ando por todo este estado para entender as necessidades de todas as regiões. Não apenas daqueles que votaram em mim, mas para dar soluções a todos os problemas”, apontou.
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