A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por Minas Gerais encerra uma rodada de agendas por estados comandados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde a última semana, o petista se encontrou com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) - que foi ministro da Infraestrutura durante a gestão bolsonarista - e o do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O governador mineiro, Romeu Zema (Novo), deve participar, logo mais, de um evento ao lado de Lula, no Minascentro, na capital mineira.
Ainda não está confirmado um encontro reservado entre Lula e Zema no local. No entanto, em entrevista à Itatiaia nesta quinta-feira (8), o presidente diz que mantém relação de respeito com o político do partido Novo.
“Vamos continuar tratando com Minas com muito respeito. Tratei Minas Gerais, no tempo em que Aécio era governador de oposição, com o maior respeito. Não fazia diferença entre o Aécio e qualquer governador. Com Zema, é a mesma coisa. Nossa relação institucional não é uma relação pessoal. O presidente da República tem de respeitar o governador porque foi eleito; o governador tem de respeitar o que o presidente da República porque foi eleito”, afirmou, em entrevista exclusiva à Itatiaia, em Belo Horizonte.
Nesta semana, ao dizer que iria participar do evento com Lula, Zema disse que queria “15, 20 minutos” com o presidente para tratar de assuntos importantes para o estado. Dentre eles uma solução para a proposta alternativa capitaneada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para a dívida pública de Minas com a União.
Na entrevista à Itatiaia, Lula disse, no entanto, que o tema está sendo tratado pela equipe do Ministério da Fazenda e que nada sobre o assunto chegou à sua mesa. Ele disse, no entanto, ter interesse em resolver o problema.
“Não queremos sufocar Minas Gerais. Queremos, dentro daquilo que for possível, construir um acordo. Não só com Minas, mas com outros estados, para que a gente possa resolver o problema do endividamento dos estados brasileiros - para que as coisas possam voltar à normalidade”, apontou.
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