O Ministério da Saúde vai apoiar o Instituto Butantan nos próximos passos para a aprovação da vacina contra a chikungunya, doença que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti — também responsável pela transmissão da dengue. A novidade deverá estar disponível no próximo ano, conforme revelou com exclusividade para a Itatiaia a ministra Nísia Trindade.
Após uma tarde de reuniões em Brasília neste sábado (3), a ministra disse que os primeiros resultados da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan contra a chikungunya têm sido positivos. Em dezembro do ano passado, o órgão ligado à Secretaria de Saúde do estado de São Paulo, pediu à Anvisa (Agência Brasileira de Vigilância Sanitária) o registro definitivo para o uso do imunizante no país.
A vacina é desenvolvida pelo Butantan em parceria com o laboratório europeu Valneva. Em um dos últimos estudos, o imunizante induziu a produção de anticorpos neutralizantes contra a doença em 98,8% dos voluntários.
“[A pesquisa] Apresentou nas publicações resultados muito bons. Isso tem um acompanhamento internacional. Foi submetida a outras agências. Temos grande esperança de que tenhamos êxito”, disse a ministra.
A chikungunya é uma doença viral causada pelo vírus CHIKV, transmitida principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os sintomas incluem febre alta, dores articulares intensas, dor de cabeça e erupções cutâneas. A transmissão ocorre quando mosquitos infectados picam humanos, espalhando o vírus.
Não existe uma cura específica para a chikungunya. O tratamento geralmente se concentra no alívio dos sintomas, como o uso de analgésicos e anti-inflamatórios para reduzir a febre e a dor nas articulações. Manter-se hidratado também é importante. A recuperação completa pode levar semanas a meses, e em alguns casos, podem persistir dores articulares crônicas.
Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular.