A Polícia Federal (PF) chegou à existência de um “núcleo político” nas investigações sobre a “Abin Paralela”, que seria comandada por Carlos Bolsonaro, após constatar monitoramento ilegal do órgão a um servidor do Ibama.
A conclusão consta da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que autorizou operação contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), uma assessora dele e uma interlocutora do ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“A existência de mais esse núcleo, argumenta a autoridade policial, se mostrou visível no monitoramento ilegal, para fins políticos, do servidor HUGO FERREIRA NETTO LOSS (responsável por operações de fiscalização ambiental no IBAMA), posteriormente exonerado de sua função, em possível represália às ações de combate aos crimes ambientais”, diz trecho da decisão citando a Polícia Federal.
Hugo Ferreira Netto Loss é servidor de carreira do Ibama desde 2013, quando entrou no órgão, e era Coordenador de Operações de Fiscalização do órgão quando foi exonerado, em abril de 2020. Ele encabeçava operações contra garimpeiros e madeireiros ilegais na região Amazônica.
Em outubro de 2023, a Polícia Federal já investigava se a Abin, já sob o comando de Alexandre Ramagem, estava por trás do monitoramento ilegal de Hugo Loss.
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