O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Hildo Rocha (MDB). A exoneração do ex-deputado que ocupava o segundo cargo mais importante da pasta consta na edição desta sexta-feira (12) do Diário Oficial da União (DOU) e também é assinada pelo ministro Jader Filho. Procurado pela Itatiaia nesta tarde, o ex-secretário não comentou a demissão; à Folha de S. Paulo, ele afirmou ter descoberto sobre o desligamento pelo diário oficial. O ministro e o presidente Lula ainda não nomearam um substituto para Hildo Rocha.
A saída do ex-parlamentar do cargo no Ministério das Cidades ocorre em meio a uma série de mudanças no segundo e terceiro escalões da Esplanada. Os ministérios da Justiça e de Minas e Energia também registraram mudanças nessa quinta-feira (11), e situação semelhante se repetiu na Secretaria-Geral da Presidência.
Com a saída de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a nomeação de Ricardo Lewandowski, o Ministério da Justiça atravessa uma fase de mudanças. O secretário-executivo Ricardo Cappelli deve deixar o cargo após a transição e, nessa quinta, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, já exonerou o ‘número 3' do ministério, Diego Galdino de Araújo. Essa alteração, entretanto, foi revertida nesta sexta-feira, quando o ministro tornou sem efeito a exoneração do secretário-adjunto.
O Ministério de Minas e Energia também sofreu importante baixa nessa quinta-feira, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou o secretário-executivo da pasta, Efrain Cruz, e nomeou para o cargo o assessor jurídico Arthur Cerqueira Valério. Alvo de investigação na Comissão de Ética da presidência da República por ‘desvios éticos’ à época em que era diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Foi também uma polêmica que suscitou a mudança na Secretaria-Geral da Presidência da República. E, também na quinta-feira, o ministro Márcio Macêdo autorizou a abertura de uma sindicância para investigar a ida de três servidores a Sergipe para uma festa de pré-carnaval em Aracaju. A secretária-executiva Maria Fernanda Ramos Coelho foi demitida por autorizar a emissão da viagem, segundo detalhou o colunista Lauro Jardim, de O Globo; o ministério negou e afirmou que a exoneração foi a pedido por ‘motivos pessoais’.