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Marta Suplicy pede demissão de secretaria em SP e pode ser vice de Boulos na disputa contra ex-chefe

Marta ocupou cargo de secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de SP nos últimos três anos e diz que seguirá ‘trajetória coerente’ com sua carreira política

Nome da ex-petista Marta Suplicy foi cotado para vaga de vice na chapa de Ricardo Nunes em SP

A ex-senadora e ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, entregou carta de renúncia do cargo de secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo nesta terça-feira (9).

No documento, Marta agradece ao prefeito por ter atuado na pasta nos últimos três anos e destaca o desenvolvimento de programas e eventos, como o “Farol Antirracista”, as “Viradas ODS” e a presidência da “Rede Mercocidades”.

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A renúncia de Marta ocorre em meio a especulações de que ela teria aceitado, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se filiar novamente ao Partido dos Trabalhadores com o objetivo de compor chapa encabeçada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo.

“Neste momento em que o cenário político de nossa cidade prenuncia uma nova conjuntura, diferente daquele em que, em janeiro de 2021, tive a honra de ser convidada por Bruno Covas para assumir a Secretaria Municipal de Relações Internacionais, encaminho, nesta data, de comum acordo, meu pedido de demissão deste cargo”, afirma a secretária, no documento.

Em seguida, ela diz que seguirá “caminhos coerentes” com sua trajetória.

Quem é Marta Suplicy

Figura histórica do PT desde os anos 1980, Marta Suplicy ocupou o cargo de deputada federal entre 1991 e 1995. Na época, ela era casada com o hoje deputado estadual por São Paulo, Eduardo Suplicy. Foi prefeita da capital paulista entre 2011 e 2005, quando foi sucedida por José Serra (PSDB); senadora entre 2011 e 2019, além de ministra do Turismo durante o segundo mandato de Lula e da Cultura, durante o governo de Dilma Rousseff.

Foi filiada ao PT até 2015, quando rompeu com o partido e entrou nas fileiras do MDB de Michel Temer, pouco antes de este assumir a presidência da República após o impeachment de Dilma. Também foi filiada ao Solidariedade.

Em 2021, aceitou o convite do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, para ocupar o cargo de secretária de Relações Internacionais. Com a morte de Covas em 2021, permaneceu no cargo durante a gestão de Ricardo Nunes, que herdou a cadeira de prefeito.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.