O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou o nome de Marta Suplicy, atual secretária municipal de relações internacionais de São Paulo, para ser candidata a vice-prefeita na chapa à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Na terça-feira (22), Bolsonaro teria enviado mensagens aos colegas de partido sobre Marta Suplicy dizendo “não apoio”, conforme apurou a CNN.
A possibilidade da escolha de Marta para compor a chapa de Nunes provocou forte reação negativa em parte da direita. Muitos parlamentares reclamam que a ex-prefeita de São Paulo já foi filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), defende causas relacionadas à comunidade LGBTQIA+ e ficou conhecida pelo apelido de “Martaxa” ao criar taxas sobre o lixo e a iluminação durante sua gestão municipal.
Apuração da CNN aponta que o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, tenta convencer Bolsonaro de que Marta poderia ser uma vice interessante para Ricardo Nunes, principalmente pela imagem forte que ela tem na periferia de São Paulo, locais nos quais Nunes vai mal.
É com os eleitores de periferias da cidade que Ricardo Nunes é mais fraco e seu principal adversário, Guilherme Boulos (PSOL), é mais forte.
Fontes afirmam que Marta Suplicy tem potencial de tirar alguns votos de Boulos.
Outro possível nome aventado para a chapa de Nunes, como o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, não agregaria esse tipo de voto.
O veto de Bolsonaro talvez não represente uma decisão definitiva para o nome de Marta na chapa. O PL abriu mão de indicar a cabeça de chapa para a prefeitura de São Paulo e por isso quer ter influência na escolha do vice.
No entanto, a opinião do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também deve ser levada em consideração.